Cinema & TV, Livros

Resenha • Donnie Darko por Richard Kelly

Quando peguei o livro do Donnie Darko em mãos, a primeira coisa que pensei foi: “será que finalmente vou entender esse filme?“. Não me entenda mal caso não conheça essa obra, mas “o que foi que eu acabei de ver?” é a pergunta que todo mundo faz ao final dele – e essa é justamente uma das razões do sucesso desse clássico cult. Venha ver o que tem nesse volume lindo da Darkside Books e se apaixone por essa história também!

Essa edição de Donnie Darko da Darkside Books é simplesmente maravilhosa: tem capa dura com um design gráfico lindo, marcador de fita de cetim azul e um marcador em formato de avião da Caveirinha.

No prefácio escrito pelo Jake Gyllenhaal ele comenta brevemente sobre o impacto do filme e as experiências que ele teve e ainda tem quando alguém chega pra ele querendo discutir sobre o que o filme trata. Quer saber o que ele responde quando perguntam a teoria dele? Bom, isso eu não posso responder, você vai ter que ler pra descobrir. 💙

A entrevista com o Richard Kelly é simplesmente deliciosa. Não tinha a menor idéia dos percalços que uma produção {atualmente} tão famosa quanto Donnie Darko passou para ser produzida e levada a sério. Saber os detalhes da produção da boca do próprio diretor foi bem interessante e me fez dar bem mais valor ao resultado final.

Sabiam que a Drew Barrymore adorou o roteiro e quis produzir e participar do filme? Bem, eu não sabia. E foi só quando souberam que ela participaria que nomes grandes começaram a se interessar pela obra. E adivinhem, esse mesmo roteiro que ela leu está todinho aqui no livro, pra você ler também!

Sobre o Roteiro

Mesmo amando cinema eu nunca tive muito interesse em ler roteiros, mesmo porque achava abstrato demais. Até este livro, nunca tinha lido nenhum roteiro, e que ironia ter escolhido bem Donnie Darko, não é?

Já vi o filme algumas vezes, mas a última deve ter sido há pelo menos oito anos atrás, então eu não lembrava exatamente de todos os detalhes. No começo do livro já somos avisados pra assistir o filme antes de começar o livro; como já tinha visto, mesmo que há muito tempo, decidi ler tudo primeiro para ter uma experiência completamente diferente das anteriores.

Esse roteiro é a última versão {ou “tratamento”} do diretor, então é o mesmo material que toda a equipe e o elenco teve para se preparar para a gravação. Achei isso super interessante, pois imaginei a loucura que deve ser criar toda uma narrativa visual baseada nas breves descrições do roteiro, mesmo que os diálogos todos estejam praticamente ali. Mesmo com o filme já um pouco apagado da minha mente, ao ler cada linha as cenas apareciam claramente na minha cabeça, como se tivesse assistido há poucos dias e não há quase uma década, então a leitura dele acabou sendo super fácil.

No final também tem “A Filosofia da Viagem no Tempo”, o livro que é citado no filme. Não vou dar mais detalhes sobre ele, pois spoiler né, mas adorei ler ele na íntegra, parece que fazemos parte do mesmo Universo louco do filme.

O Filme Que Explodiu

Na edição acabaram cortando algumas coisinhas, obviamente, mas esse roteiro está bem próximo do resultado final. Assistir o filme depois acabou sendo uma experiência mais completa e até mais emocional, especialmente sabendo de todos os problemas enfrentados na gravação e divulgação do filme. Fiquei muito triste quando fui procurar mais sobre o Richard Kelly e descobri que ele simplesmente sumiu do cinema; ele fez algumas produções que foram muito criticadas e não produz nada desde 2009. Como algumas pessoas dizem, ele foi amaldiçoado ao fazer de seu primeiro filme uma obra prima e infelizmente não conseguiu superá-lo, como muitas vezes acontece em Hollywood.

Ah, outra coisa incrível do filme é a trilha sonora! Se você, assim como eu, é mega saudosista e nostálgico, vai amar saber que a trilha tem nomes queridíssimos como Echo & The Bunnymen, Joy Division, Tears for Fears, Duran Duran, INXS entre outros – sim, tudo isso por que a história é todinha ambientada nos anos 80. Não tem como não amar, né?

Minha Experiência com o Livro

Eu já adorava o filme mas esse livro me fez ter mais carinho por ele ainda. Eu super indico pra você ver o filme primeiro e depois ler o livro, senão você vai ficar perdidinho. Se já viu o filme há algum tempo, faça igual eu, leia o livro e reveja o filme depois, vai ser uma experiência diferente! Donnie Darko é imperdível, não é considerado um clássico à toa, por isso digo que é necessário que você assista SIM!

Não vou comentar absolutamente nada do final, nem mesmo das controvérsias, pois pra mim até isso é um spoiler, mas se quiser comentar sua opinião fique super à vontade. Amo discutir sobre filmes, sempre aprendo algo, então é só chegar!

Como a própria introdução da Darkside diz: “O livro não é melhor que o filme. O livro é o filme!“. Então pegue uma pipoca, escolha qual vai ver primeiro e se prepare para ficar hipnotizado por algumas horas. Tenho certeza que você não irá se decepcionar!

4 Comments

  1. Aline

    19 de junho de 2017 at 12:11 AM

    Primeiramente que AMO SUAS FOTOS MARCELAAAA ME DÁ UM POUCO DE TALENTO FOTOGRÁFICO ♥

    Tá, vamo lá. Donnie Darko é um daqueles filmes que tenho preconceito por causa do hype. Não vi nem tenho vontade de ver, haha. Mas dito isso, eu amo esse tipo de livro de “bastidores” – tu sabe que amo cinema, e amo bastidores, detalhes sobre roteirização e filmagem e direção e etc, então esse é um tipo de livro que amaria ter (se gostasse do filme). Só fiquei triste de saber isso do diretor, acho uma merda quando acontece.

    E enfim, nada a dizer sobre a edição maravilhosa da Darkside (além de CAVEIRA ME NOTA). Já no aguardo das tuas próximas resenhas!

    1. Marcela Suhr Dake

      23 de junho de 2017 at 9:07 PM

      HAHAHA sua boba!

      Entendo não querer ver coisas pelo hype, mas acho que Donnie Darko valha a pena. Vai que você gosta, né?
      Também fiquei triste com o diretor, uma pena mesmo.

      Obrigada lindona! ♥

  2. Rômulo de Souza Mancin

    29 de setembro de 2017 at 12:57 AM

    Acho que faz uns 10 anos que vi o filme, lembro que foi muito antes de eu entender um pouco sobre cinema, e não entendi nada na época. Preciso(-samos) rever. =B

    Beijo.

    1. Marcela Suhr Dake

      29 de setembro de 2017 at 8:57 PM

      Precisamos sim! Enrolamos demais já, vai ser ótimo rever com nossa cabeça de agora. ♥

Leave a Reply